A Prefeitura do Rio entregou, na manhã de domingo (1º/12), as obras de revitalização da Casa do Jongo da Serrinha, em Madureira. Espaço ancestral de memória, o equipamento foi reativado após uma ampla reforma promovida pela Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (SMC). O secretário municipal de Cultura, Marcelo Calero, prestigiou a reativação do espaço, que teve início com um cortejo reunindo personalidades do samba, coletivos culturais, representantes de escolas de samba e de blocos. A festa se estendeu durante todo o dia, reafirmando a importância da instituição e o forte vínculo que mantém com a comunidade.
A reforma do imóvel reflete o compromisso da Prefeitura do Rio de promover a salvaguarda do jongo, expressão cultural que integra percussão de tambores e dança de origem africana. Declarado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio imaterial brasileiro, o jongo foi determinante para a formação do samba e faz parte da identidade carioca.
“A Casa do Jongo da Serrinha simboliza nossas raízes e a força cultural da nossa cidade. A revitalização reafirma o nosso compromisso com a preservação da memória e o fortalecimento da identidade cultural carioca”, afirmou o Secretário Marcelo Calero.
Instalada na Rua Compositor Silas de Oliveira, 101, no pé do Morro da Serrinha, a sede do Jongo da Serrinha sofreu várias intervenções que garantiram sua inteira requalificação. Trechos da calha do telhado foram substituídos; trincas na laje descoberta e no contrapiso foram corrigidas e houve tratamento para conter e evitar infiltrações. A estrutura metálica do telhado, a escada e o guarda-corpo foram pintados, bem como paredes e tetos de todo o complexo de 2 mil metros quadrados. Também na obra, o piso de madeira recebeu sinteco e as fachadas passaram por revitalização. Para manter a segurança dos frequentadores, a sinalização de emergência foi implantada e os equipamentos contra incêndio foram renovados.
A Casa do Jongo foi inaugurada em 2015, na segunda gestão do prefeito Eduardo Paes. Neste ano, a Prefeitura do Rio renovou a concessão de uso do imóvel por mais uma década.
Atuação multifacetada
Fundado há 62 anos, o Jongo da Serrinha funciona como uma ONG e atua nos segmentos de cultura, arte, memória, desenvolvimento social, trabalho e renda. A organização é focada na preservação e difusão de manifestações culturais de matriz africana, como o jongo, a capoeira, o samba e a gastronomia preta.
Na sede, durante todo o ano, a comunidade tem acesso a oficinas e cursos gratuitos. O espaço também é palco para shows e mantém um rico acervo, que ganhou tratamento museológico. A Casa do Jongo da Serrinha possui ainda arena de espetáculos, estúdio de gravação, salas de dança e de música, ateliês de costura e de artesanato, cozinha, biblioteca, brinquedoteca, loja e pátio.
