Secretaria Municipal de Cultura inaugura Biblioteca Lúcio Rangel, na Tijuca, com projeto de Bel Lobo e acervo do patrono – pai da crítica musical brasileira

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Publicado em 27/06/2024 - 11:08  |  Atualizado

Mais de três mil livros sobre música brasileira e jazz. A novíssima Biblioteca Municipal foi inaugurada, essa semana, na Tijuca, pela Secretaria Municipal de Cultura, guarda parte do acervo do jornalista Lúcio Rangel, o pai da crítica musical brasileira. Foi Lúcio quem, entre outros feitos que imprimiram seu nome na história, apresentou Tom e Vinicius. Com projeto arquitetônico de Bel Lobo e paisagismo da Embyá, esta é a mais nova unidade pública de leitura que compõe o projeto Bibliotecas do Amanhã, da Prefeitura, que visa a reformulação das bibliotecas públicas cariocas.

 

“Mais uma entrega do projeto Bibliotecas da Amanhã, uma biblioteca especializada em música, acervo do grande crítico Lúcio Rangel, doado pela sua filha de forma generosa, Maria Luisa Rangel, e aqui localizado no Centro de Referência da Música Carioca, Artur da Távola, que fica na Tijuca, um prédio também centenário. Então, nós fizemos aqui todo um trabalho de reforma, de melhorias. E da implantação dessa nova biblioteca para a cidade do Rio de Janeiro”, destaca o secretário municipal de Cultura, Marcelo Calero.

 

Ela fica dentro do Centro da Música Carioca Artur da Távola, um imóvel de 1921, tombado pelo município. O acervo foi doado por Maria Lúcia Rangel, a filha de Lúcio do Nascimento Rangel.

 

“É lindo que eu estou deixando para todo mundo, né? Todo mundo vai ter a possibilidade de ler um livro desses, que são coisas que estão sumindo, acho que todas são especiais, mas a obra do Pixinguinha tenho um carinho especial, porque meu pai me apresentou Pixinguinha. É tudo primeira edição, a maioria tem dedicatória, comentou Maria Lúcia Rangel, que se graduou em jornalismo por causa do pai. “Eu virei jornalista por causa dele, que me levou à casa do Cartola na Mangueira, para tomar um drinque com o Pixinguinha. Então eu conheci esse pessoal todo. Fiquei amiga do Vinícius, do Tom.”

 

O Bibliotecas do Amanhã visa a revitalizar e modernizar bibliotecas e salas de leitura da rede municipal, com diversidade de conteúdo, acessibilidade, participação comunitária, sustentabilidade das ações, espaços flexíveis e avaliação contínua. A Prefeitura do Rio  vem  entregando uma série de obras de reforma, modernização e requalificação de 22 de seus 55 equipamentos culturais. Trata-se do programa Cultura do Amanhã, o maior investimento da pasta neste sentido, ultrapassando R$ 75 milhões. 

 

“É uma biblioteca que tem um apelo incrível e está dentro de um lugar que também é incrível, que é o Centro da Música Carioca. É uma biblioteca especializada em música, um acervo riquíssimo, com obras que fizeram parte da trajetória do saudoso Lúcio Rangel, o pai da crítica musical brasileira. Mais uma entrega antecipada do Rio Capital Mundial do Livro, em 2025. Uma biblioteca qualificada na cidade com um acervo qualificado, com um trabalho qualificado, um grande presente para a sociedade carioca”, comentou Aladia Araujo, gerente de Livro e Leitura na Secretaria Municipal de Cultura.

 

Com projetos importantes em seu portifólio, entre eles Camolese, Farm, Hotel Ipanema INN, O Boticário, entre outros, a arquiteta Bel Lobo foi responsável pelo projeto da Biblioteca Parque Estadual do RJ e também de uma biblioteca pública do Ceará. Em seu mais novo trabalho do gênero, a Biblioteca Lúcio Rangel, todo mobiliário foi desenvolvido com madeira pinus. “É de reflorestamento muito usada para mobiliário pois é leve, fácil de trabalhar e muito resistente.  Optamos em manter a madeira na cor natural”, diz Bel. “A gente tem que criar uma maneira de se relacionar com o livro, criando mais formas de sentar, de se relacionar com o livro e com o espaço.”

 

O Centro da Música Artur da Távola ocupa o antigo Palacete Garibaldi, de estilo inspirado no medieval francês, projetado por Gaspar José de Souza Reis. O imóvel também dispõe de um estúdio de gravação. No prédio anexo ao palacete, há um auditório com 159 lugares, batizado de Sala Maestro Paulo Moura. Na ocasião da inauguração, haverá ali uma apresentação gratuita de jazz com o Duo Livia Fred, voz e guitarra.

 

Lúcio Rangel ganhou importância para a história da música brasileira principalmente por seu trabalho como diretor e redator da Revista da Música Popular, publicada entre 1954 e 1956. Foi ele quem apresentou Tom e Vinicius, em 1956, no Villarino, onde teve início o projeto que desencadeou a peça “Orfeu da Conceição”.

 

Biblioteca Municipal Lúcio Rangel: Rua Conde de Bonfim 824, Tijuca.  Funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 17h. Grátis. Livre.

Secretaria Municipal de Cultura – Organização, promoção e execução de atividades artísticas, culturais, de museu e de arquivo histórico da cidade do Rio de Janeiro. Articulação com outros órgãos ou instituições públicas e particulares, nacionais e internacionais, com vistas ao cumprimento de suas finalidades. Visa também a melhorar a vida nos bairros a partir da Cultura, gerando oportunidades de trabalho e renda, além de criar calendário cultural e apoiar artistas, agentes e produtores locais.

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